Não sabia quanto tempo havia dormido. Lembrava que deitara na relva pouco depois do anoitecer e ficou a observar as estrelas até que os olhos do elfo se fecharam de puro cansaço. Era estranho pensar nos olhos pelos quais enxergava como sendo os olhos de outra pessoa, mas não havia outro jeito de explicar aquela sensação. Não era um sentimento desconfortável, entretanto. O compartilhamento da existência com Bullit o tornava menos solitário, apesar da dificuldade de compreender plenamente o significado da experiência proporcionada pelo jogo.
“Dá para você parar de pensar”? Falou o elfo de repente. “Eu ainda não acabei de dormir”.
- Como posso parar de pensar? Nunca fiz isso.
“Experimente olhar as estrelas”.
- Já tô fazendo isso.
“Tente de novo. Olhe para as estrelas, escolha uma e tente aproximar-se dela”.